235.notícia de última hora

notícia de última hora. após alguns boatos descontrolados, agora confirma-se: o cherréque foi traído pela afionda! sim! e é atestado por todas as agências e paparazzis intelectuais. ao que chegou a ser ventilado, tudo aconteceu num local sem ventilação… numa digna montagem montada pelo burro falante que não consegue fechar a boca! entre amassos, alongavam discursos escondidos, pelos vistos, num sítio bem visto.

por uma questão de saúde pública, não se chegou à fala com qualquer um dos intervenientes, antes que se levasse um coice!!! porém era notório que estavam felizmente infelizes com a sucessão monarquicamente anárquica… como o burro fez jus ao nome, nem se apercebeu que estava a ser apanhado com o pêlo ao fundo do cu; já a protagonista, ficou ainda mais verde do que o habitual e consumiu-se numa angústia roedora. pensou o que fazer naquele momento: estaria apresentável, mesmo sem conseguir calçar as botas que estavam na prateleira mal-amanhada?

coitado do senhor verde, cabeçudo e careca, agora também faz parte do clube dos poetas mortos. assassinado pela traição musculada e consumista!

sabem? parecem brandos, anormais à solta: são putos… e putas! estúpidos, animais sem escolta: são brutos … e brutas! são meninas à volta do dinheiro, vão aprender coisas num rolho de ansiedade, vão aprender o que significa ser verdadeiro, vão saber o que custou a intranquilidade!!!

numa última nota, cherréque: antes que da tua cabeça brotem adornos que invejem alguns alces, acorda prá vida… antes que a vida te acorde a ti!!!

233.à terceira é com calma!

como nunca me farto disto, há que dizê-lo com toda a calma e bestialidade: sou uma besta; rectangular!

trago na outra hipócrita visão, um desdém diferente, preguiçoso, sem mente… apenas palpita e sente; com calma…

bis- pediu alguém! e eu, num abraço que mentiu! enrolados pelo chão, numa fuga sem mais... não! pqp! ai a-calma!

tremo! num abissal regozijo: falo! sem dó ou pejo, de mim e de quem vejo! e sinto-me óptimo; bem; calo-me melhor!

piso-me, numa dor que já não magoa! tolo e feliz. sorrio! de orelha a orelha, deliciosa quelha narcisista de um eu que sei que existe; todos os dias! com muita calma…

triplico o melhor e o pior de mim. só para que fiquem sem pedras no chão e chorem por perdão! é de topo!

alguém tem dúvidas? sim, sou eu! com toda a tola calma!

bruscamente, rebuscada a paciência, analiso as respostas de uma não-ciência… sem procurar! apenas com calma… com toda a calma!!! oferendas que dobram a beleza de um chá anti-queca: tudo o que queres! ou talvez sim! pró-amor! ou talvez não!!!

ama! e sim, dou-me de mim mesmo! reclama! e não, não voltarei a ser… infiel! à estimada estima que estimo… com calma, até encontrar a alma!

mil beijos por revelar; secretos; soltos no acreditar…

também; sou! tudo o que possas imaginar que seja… só para que te faltem os argumentos… é tão fixe poder gritar: o resto que se lixe!!! com calma…

quero querer, consciente! quero crer, inconsciente! creio que sim…

pintado, numa mescla de um só ser; sou! sei que estou a morrer, apenas me adio nos prazeres da vida… todos eles… lentamente, com calma!

altos e baixos, escusas que atribuo. desculpo-me! vivo! calmamente!

ares de outras lides e artes; projectos de uma mesma ambição; felicidade encontrada; por acaso; praça imensa colorida e farta!

enrascado; fui! estive; abdiquei; era; morri; e nasci em seguida, num suspiro mais profundo e celeste: calmo!

ataques! sempre defensivos que perdi. esforços vãos que não enriquecem, muito menos aquecem! esquecem! fui!

temo; apenas que jamais volte a temer; orgulho presunçoso de quem tem principio; meio; fim!

alegre aleluia, calma alma que sinto e quero sentir, como sinto e sigo! sem fôlego: sôfrego! vou!

arisco; leve… como sempre! defeito sem retorno que não voltará a cair em saco roto!

corada, doce, linda e frutada carícia; sonho: terno olhar; mimo que liberto até se encontrar! com calma…

apaziguada, calma, por fim, por mim, que saltita por aí!