027.sexta-feira
sexta-feira em albufeira; o mundo esteve p'ra acabar...
e era tal a bebedeira ninguém sabia onde era o mar!
e falta a tua confissão...
falta o teu à beija-mão...
e no domingo, na ribeira... em cascais ou no funchal...
as sondagens lá da feira... era o bem contra o mal...
mas falta a tua confissão...
falta o meu à beija-mão...
já não dá, já não dei,
já nem sei em quem votei!
já não há, já não sei,
já nem dou com o dj!
já não há, já nem é,
já nem sei onde fiquei!
já não está, já nem sei,
já nem dou com quem falei!
e falta a tua confissão...
falta o teu à beija-mão...
letra da música 'sexta-feira' do grupo novo rock (gnr)
026.wild rose
025.what's the rush
what's the rush? take a time and relax!!! termas de vals, suíça. edifício projectado pelo arquitecto peter zumthor. vale a pena dispensar uns minutos para, relaxadamente, visualizar os vídeos realizados por fernando guerra e richard copans ! |
023.futilidades fatais
desabafos, reais e surreais, para memória futura... apontamentos de sábado...
ufa, sentei-me! ... sinto que perdi as forças... caminhar até doer o corpo... maluquices de outras idades!!!
... hoje, no meu blogue, parafraseei edgar morin (e que belíssimas aulas tive a este propósito...), dizendo 'o que é o que é? nada é!'... nada é!!! o pensamento complexo de morin dá que pensar... e talvez tenha razão!
está barulho aqui... o café está cheio... sinto os olhares indiscretos e até leio os pensamentos: 'quem é aquele gajo naquela mesa, sozinho, com uma água por deglutir há largos minutos... e o que tanto escreve naquele caderno...tolinho!' porém não me importo... eu sou eu, pelo menos por enquanto!
dizia eu de morin que nada é... e se a esta frase enigmática juntar florbela espanca ( não confundir com floribela): 'quem disser que se pode amar alguém a vida inteira é porque mente', o que poderemos retirar como lição? quem somos, quem fomos e o que seremos...? que fazemos neste mundo estúpido?
agora ouço conversas cruzadas: tricas da vida mundana dos outros que, mesmo não querendo, sou obrigado a ouvir... estou tonto, sinto-me horrivelmente... estarei a atravessar uma crise existencial?... talvez os grandes génios tenham algo a dizer agora... ajudem-me, senhores de magnificente intelecto, solucionem-me com as vossas teorias!
chove na rua... está um trânsito anormalmente infernal para um sábado à tarde!... penso que apesar de tudo, sobreviverei com o meu guarda-chuva avariado... afinal não é nenhum temporal! pensando melhor, acho que não me apetece voltar à rua... mas ficar aqui, orgulhosa e eternamente só, até a tinta se esgotar na ponta da esferográfica...
e tu? porque me complicas a vida? ... então, não me respondes?... ah! raio de crise... deixa-me em paz! porque não posso olhar o que me rodeia e rever-me neste mundo estúpido, e frio, e calculista, e arrogante, e apressado, e racional, e monótono e rotineiro? ... porque sou obrigado a viver... assim, como ditam as regras? que marasmo!!! estou farto!!!
e tu? ainda não me respondeste!
(...)
está sol! por outro lado, o barulho continua... gargalhadas ironicamente secas, sem destino... e ouço! fatalmente, mas ouço! esta estupidez corta-me a ligação com a escrita... calem-se, penso !!! deixem-me no meu canto sossegado ou, se eu preferir, com o meu desassossego...!
com a minha água natural pedi, educadamente, um cinzeiro... apetece-me fumar... e entregaram-me um cinzeiro usado, sujo com cinza e duas ticas!!! ... de que vale termos boas maneiras?... francamente!!!
percebes agora a minha indignação? mundo estúpido! ensinam-nos, uma vida inteira, a ter boas maneiras, e a relacionarmo-nos com os outros civilizadamente... a seguir a vida segundo preceitos e regras que não sei (e sinceramente nem quero saber) quem inventou... mas que não são cumpridas por todos, com tiques de anarquia semi- controlada!
a conversa que ecoa nos meus ouvidos gira em torno de, imagine-se, futebol!!! se pensarmos bem, que mais poderia ser além disso, telenovelas ou a vida do vizinho? parvoíce minha... é o mundo em que vivemos e teremos que viver! não adianta aprender a nadar... a corrente é demasiado forte!!! restam as dúvidas, incertezas e as inquietudes como esta!!!
sem nunca esquecer que nada é!
sinto-me culpado de uma culpa que não sei exprimir... e agora? não me respondes? nem vocês?... pseudo-iluminados duma figa!!! será que a vossa vida foi melhor que a minha... no fim das contas morreram na mesma, não é verdade?
(...)
escuto agora as queixas da mesa do lado: 'estou cheia, cheia de calor...' (silêncio)... 'tenho os óculos todos molhados, blá, blá, blá...' merda, porque não me concentro nestas páginas?! ou melhor, porque não acaba a tinta desta caneta? quero poder ir embora, mesmo sem saber para onde, porquê ou para fazer o quê... apenas sei o como: a pé! apetece-me caminhar e levar com a chuva nas ventas... encharcar-me todo... sentir o doce frio intrínseco a todo este cenário!!!... mas não o posso fazer... certamente iria adoecer e padecer numa qualquer cama, o que obrigar-me-ia a desrespeitar as exigências que a sociedade me incutiu...
devo confessar, a voz da senhora do lado está, verdadeiramente, a irritar-me os neurónios... que futilidade!!! não escrevo mais enquanto ela aqui estiver!!! até já!
(...)
... não consigo, vou ter de escrever mais algumas linhas... tenho que me abstrair!
... sabes, tenho já uns parcos pares de anos neste mundo e, infelizmente, ainda me sinto! estou triste... apenas vivemos ilusões... que nós próprios criamos... tolinhos!!! nesta vida nunca nos devemos enganar gratuitamente... é o que nos resta... nós ... a nossa dignidade!!!
(...)
já me habituei à personagem da mesa do lado... mas estou cansado de estar aqui... começo a pensar em sair... vou embora! contudo ganhei mais uma dúvida: será que o cinzeiro, agora com cinco ticas, irá para outra mesa assim, sujo?
021.viagens
020.modelo, sopa analógica
modelo...
... 86x60x86;
... e continente;
... belo;
... icon;
... revivalista;
... baixo;
... de irs;
... rústico;
... impressão;
... gordo;
... citadino;
... de dietas loucas;
... ídolo;
... de moda;
... homem;
... cosmopolita;
... feio;
... arquétipo;
... magro;
... impresso;
... novo;
... estrela;
... gasto;
... mulher;
... e detective;
... revista;
... alto;
... rural;
... contemporâneo;
... mau;
... vip;
... velho;
... e o índice corporal;
... figura;
... ecológico;
... formulário;
... ultrapassado;
... naif;
... desfile;
... cópia;
... vestuário;
... é só saber escolher!!!
018.viseu, (mais) salada de cores
017.quase outono
016.castilla y leon
015.pseudo manifesto
este pseudo manifesto assume-se anti-teorias-conformistas!
este pseudo manifesto assume-se anti-teorias-reducionistas!
este pseudo manifesto crê na creatividade!
este pseudo manifesto crê na imaginação!
este pseudo manifesto crê na liberdade de um sonho!
este pseudo manifesto crê na ideia enquanto processo!
porque motivo teremos que não-pensar e, intrínsecamente, não-viver as nossas vidas? teremos que banir à nascença a nossa imaginação e creatividade, como nos querem fazer crer? e quem são essas iluminadas figuras para dizer que a roda está inventada e ponto final? segundo elas, maditos sejam o ford, o outro, o bell, e o fulano, o colombo, e o coiso, o einstein, e o cicrano, o picasso, e o tipo, o gaudi, o dali, e o gajo, e os outros, (...), e até o senhor do molho ketchup!!!
014.viseu, salada de cores
013.inquietudes
012.pousada de ribafeita
011.jacintos-de-água
010.viagens
tomar e, inevitavelmente, o convento de cristo, monumento que pontua o carácter da cidade. viagem no templo e no tempo...
009.viseu
007.paixão fotográfica
006.arquitectura cíclica
005.segunda arte
por vezes apetece, à semelhança de edvard munch, lançar o grito aos quatro ventos, a este e outros mundos e esperar, serena e silenciosamente, a chegada do eco!
artisticamente, cicle-se a consciência inconsciente da segunda arte!!!
004.exposição domingueira
no entanto, no quotidiano contemporâneo, creio que as coisas não são tanto assim! a crescente especialização por espécies, embora não represente a maioria dos actuais pescadores em portugal, tende a inverter o sentido, levando à prática do desporto com frequência e duração diferentes.
mas nem tudo são rosas... bastantes são (ainda) aqueles cuja noção, conceito e consciência permanecem envoltos numa cerrada névoa, encarando o gesto de ânimo leve, de maneira anti-desportiva e um fair play paupérrimo!