229.tempo

parei-te, tempo! combato-te! detenção impossível de um incorrigível processo de adição. finjo-me mais forte que tu. nesta efémera imortalidade, esvazio a cabeça. oca! varro-me da irracional racionalidade. liberto pensamentos vãos! descondiciono-me! fluo! extravaso o meu ser em mil imagens! ambiciono-me, raso e rasurado puerilmente num grito! vácuo de um vago gesto imperceptível a olho! nú! olho-me numa analepse encerrada helicoidalmente. ordeno-me subliminar e estupidamente, ao acaso! mau-pecado! congelo-me no belo que procuro. obtenho-me! filho de uma alma que quer ser, reflexo de ontem. dispersamente feliz, brilhante lugar que habito, amanhã! horizonte! sonho! escusa-me tempo! deixa-me sorrir...

zp 080621

2 comentários:

Rita Nery disse...

Vamos esquecer o tempo ba!:) Já tantas vezes o parámos...vamos deixá-lo correr...esquecer que existe, porque nem o tempo nos limita. E sabes porquê? Porque já não temos espaço para os medos...espaço partilhado...maior leveza e um sorriso maior ainda ba!

Beijo da By

Rita Nery

Unknown disse...

é preciso coragem para fazer frente ao tempo... muita coragem... mas é uma virtude sabe-lo deixar ter o seu tempo...

descobri este blog atraves de uma imagem SMS [save my soul] que tens. desde logo admirei todo o teu blog a nivel estético! depois cusKei uns e outros posts...
dou-te os parabéns.

abraço

ps. pelos vistos a arquitectura tb te corre nas veias. mais uma q me fez sorrir