207.medos

queres falar de medos? vamos falar de medos! ok: por onde começar? perhaps, pelo medo de mim próprio: medo do medo que tenho e não quero ter; medo de não entender os meus limites; medo de não conseguir esquecer; medo de voltar a falhar; medo que o mau-passado se repita num mau-futuro; medo de me magoar; medo de magoar alguém; medo, por si só, medonho e negativo: fruto de uma auto-estima que não se estima, nem é estimada; o assustador medo da solidão; medo de não amar todo o amor que tenho para dar e receber; medo da angústia de não te encontrar, a tempo de morrer com o meu coração preenchido de palpitações coloridas e sorridentemente felizes;
medo de não saber… medo de não saber quando te vou encontrar e se vou estar preparado; medo de não saber se saberei conquistar-te; medo de não saber se saberei sorrir e fazer-te sorrir; medo de não saber se saberei compreender-te (e tu a mim); medo de não saber como olhar-te; medo de não saber como mimar-te; medo de não saber como acariciar-te; medo de não saber como beijar-te; no fundo, medo de não saber como amar; ou apenas medo de não saber viver! …medo!
zp 080524

3 comentários:

Rita Nery disse...

Que dizer? Aspas do princípio ao fim?...Que fazer a este medo? Creio que o medo também é necessário nas nossas vidas e muito, termos medo de nós mesmos é positivo, porque desengane-se aquele que pensa que se conhece por inteiro.
Tenho passado por coisas ao longo da vida que nunca julguei passar, e falo até de pequenas coisas, talvez insignificantes para os demais, mas eu gosto em demasia de levar a vida a sério e com a sobriedade do meu ser vivê-la.
O medo é com toda a certeza o sentimento que está sempre presente, desse nunca me esqueço, algo fica sempre marcado pelo medo que senti ou o medo de voltar a sentir. Aprendemos com a vida, mas muito pouco ou quase nada nos preparamos para ela, talvez esta nossa lógica seja a mais sincera de sentir, como se fosse sempre a primeira vez...E o medo, esse, talvez exista tão somente para o enfrentarmos e a partir de um passo vem outro, depois de um degrau há sempre outro...e só assim nos podemos perpetuar, só assim a vida continua com alguma normalidade:)

Tenho medo de errar, tenho medo de cometer os mesmos erros, tenho medo de dar muito, de dar pouco, de não dar no momento certo...tenho medo de não conseguir ouvir com clareza o meu coração,tenho medo de por medo me tornar num cubo de gelo para o sol mais bonito...dosear, como se doseia? Eu nunca fui pessoa de fazer para, ou dizer para, ou deixar de fazer para...não quero que a minha vida se torne num jogo de investidas, ataques e fatalidades, um jogo provocado por mim, pelo meu medo de gritar ao mundo bem alto aquilo que eu sou e penso e quero!

Beijinhos

Rita Nery

Rita Nery disse...

Reli o texto...o teu texto, as tuas palavras...e, e se estivesses aqui, agora, talvez cometesse a ousadia, a ousadia de te pedir que me desses o teu medo para eu o poder esconder num sítio onde não desses por ele, apenas tivesses a noção que ele existe, o medo, que o tens, que está lá, mas pelo menos sabias que não o tinhas contigo, não o sentias com a mesma força...se te apetecesse poderias ir lá, buscá-lo e tudo voltaria ao normal, ao teu normal:)

Gostavas?:)

Beijinhos

Rita Nery

zé pinho disse...

sabes, apenas te deixaria ficar com os meus medos se eu ficasse com os teus... assim, seria quase como uma garantia, um abrigo... um aliviar de alma partilhado, menos penoso e medonho...

bjs